DISMORFISMO SEXUAL
Por: Julio Cesar Dutra, criador de Periquito Inglês.
Nem todos os animais apresentam diferenças físicas que nos levem a identificar de imediato se pertencem ao sexo masculino ou feminino. No caso dos periquitos australianos, podemos observar a “cera” que eles apresentam acima do bico. Uma plaquinha azul (nos machos) com dois orifícios pequenos (narinas) e na cor palha nas fêmeas jóvens, passando a um tom marrom ou chocolate quando adultas e prontas para a reproduçã.
Á de se tomar cuidado quando algumas fêmeas apresentam a cera azul bem clarinho, pois pode indicar estado doentio.
Quando o macho está pronto para a reprodução (quente), este azul fica bem intenso. Já a fêmea, quanto mais pronta (quente) ela estiver mais intenso o tom do marrom, porém se ela for jovem ou mesma adulta e estiver “fria”, este marrom vai clareando taté ficar numa cor palha ou mesmo um pouco azulada, mas nunca igual ao macho.
Dito isto, estamos falando dos “normais”, que são os azuis, os verdes e os cinzas. Temos também os recessivos, onde as fêmeas quentes escurecem as ceras, porém os machos nunca apresentam as ceras com o tom tão azul como os normais. São os lutinos (amarelos de olhos vermelhos), os albinos (brancos de olhos vermelhos) e os “AR” (arlequins recessivos), que aos olhos dos iniciantes parecerão sempre fêmeas. De início parece difícil, mas é muito simples e basta fazer uma visita a um ou mais criadouros, observar algumas aves em cada modalidade e logo nos adaptamos a estas poucas diferenças.
Nas duas fotos ácima temos um AR azul macho e um lutino também macho. Em ambos os casos diz-se que a cor da cera ou carúncula é cor de carne rosada.